Independente da religião, da igreja que se frequente aos dogmas a que se é submetido, das renúncias a que se é proposto às tentações a que se é exposto, é sempre inevitável pensar que não é a essa ou aquela crença que devemos nos reportar. É a nossa consciência que nos guia e mesmo nos nossos erros, deliberados ou involuntários, a prestação de contas chegará pressupondo dúvidas em nossa paz espiritual.
Que o que se veja e se ouça nas religiões nos faça pessoas melhores a cada adversidade, sabendo lidar com elas lembrando sempre do ensinamento divino menos aplicado pela humanidade: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.
Lembrando que não é apenas a nossa fé que nos fará dignos de merecimentos, mas a nossa conduta. Seja lá em que momento for da vida. Humildade e desprendimento serão sempre um caminho em que a volta não requer arrependimento, então busquemos sempre as palavras de Deus nos ensinamentos de Jesus e agradeçamos sempre, mesmo que não seja preciso pedir algo. Oração é sempre muito bom, mas se for acompanhada de doação espiritual torna-se sem comparativo.
Conforto material e conforto espiritual são diferentes formas de êxtase, mas um remete à carne e esta não é eterna, enquanto a outra nos submete a constantes provações cuja finalidade é a depuração da alma com vistas à chegada na próxima estação. A ambição humana esmaga sempre a espiritualidade em busca de aconchego corpóreo e o mesmo não se aplica quando reverte-se a situação. Quem busca o bem-estar da alma não se ilude com as benesses que a matéria apetitosamente oferece.
Como algum sábio ao longo de toda existência já deve ter dito, o mundo seria outro se nós nos víssemos como seres parte de uma só luz, mas pra isso teríamos que eliminar os piores sentimentos já experimentados na Terra. E todos eles convergem para um só: o egoísmo. O maior deles.
