
O Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), apresentou denúncia formal contra o juiz Glauco Coutinho Marques, da Vara Única de Gurinhém, e três advogados — Hilton Souto Maior Neto, Henrique Souto Maior Muniz de Albuquerque e Luís Henrique de Amorim Santos — além do empresário Armando Palhares Silva Júnior.
De acordo com a denúncia, o grupo teria participado de um esquema de favorecimento em decisões judiciais, com a emissão de sentenças em prazos anormalmente curtos — em alguns casos, minutos após a distribuição dos processos. Segundo o Gaeco, os processos eram direcionados ao magistrado e decididos sem a oitiva das partes ou manifestação do Ministério Público, sempre com resultado favorável aos investigados.
As investigações apontam indícios de corrupção ativa e passiva, fraude processual e lavagem de dinheiro, com decisões que envolviam bloqueios e liberações milionárias para empresas associadas ao grupo. Em troca, o juiz e os advogados investigados teriam recebido vantagens financeiras indevidas e benefícios patrimoniais.
O Ministério Público requereu o recebimento da denúncia e a abertura de ação penal, além da fixação de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 1 milhão, em razão dos prejuízos causados à credibilidade do Poder Judiciário.
O caso será analisado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, que decidirá sobre o prosseguimento da ação penal e eventuais medidas cautelares.
Da Redação | Folha da Paraíba
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