
O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) passou a ser alvo de investigações do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público Federal (MPF) após denúncias que apontam a existência de funcionários fantasmas e um possível esquema de rachadinha em seu gabinete parlamentar. As apurações preliminares indicam a contratação de servidores que não desempenhavam efetivamente funções públicas, além de relatos de devolução parcial de salários a intermediários ligados ao grupo político.
De acordo com fontes próximas às investigações, a auditoria do TCU busca identificar indícios de desvio de recursos públicos e fraude na folha de pagamento da Câmara dos Deputados. Já o MPF teria recebido denúncias formais encaminhadas por ex-assessores e documentos internos, que serviram de base para abertura de procedimento sigiloso. O caso foi remetido à Procuradoria da República no Distrito Federal, que deverá decidir se pedirá a abertura de inquérito policial.
A assessoria de Hugo Motta informou, em nota, que o deputado nega qualquer irregularidade, classificando as denúncias como “infundadas e politicamente motivadas”. Disse ainda que o parlamentar está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos e apresentar todos os comprovantes de atividade funcional de sua equipe.
O caso reacende o debate sobre o uso de cargos comissionados e a transparência na gestão de recursos públicos no Legislativo federal. Caso as suspeitas sejam confirmadas, os órgãos de controle poderão propor devolução de valores, cassação de mandato e inelegibilidade do parlamentar. As investigações seguem sob sigilo.
Da Redação | Folha da Paraíba
Foto: divulgação/Hugo Motta




