
O Ministério Público da Paraíba abriu investigação para apurar denúncias de plantões fantasmas e fraudes na frequência de profissionais no Hospital Metropolitano de Santa Rita. Há suspeitas de que médicos e outros servidores tenham recebido salários e gratificações por plantões que, na prática, nunca foram cumpridos.
O escândalo expõe uma grave distorção na gestão da saúde pública: enquanto pacientes enfrentam longas filas, falta de atendimento e estrutura precária, recursos são drenados por esquemas que privilegiam interesses particulares. Trata-se de um duplo prejuízo à sociedade: o financeiro, com desperdício de dinheiro público, e o humano, com vidas colocadas em risco pela ausência de profissionais em serviço.
Esse tipo de fraude não é apenas um problema administrativo, mas um crime contra a população. Para além da responsabilização individual, a investigação precisa apontar falhas sistêmicas de controle que permitem a continuidade desses esquemas. Transparência na escala de plantões, fiscalização em tempo real e punição exemplar são medidas indispensáveis. Sem isso, o Hospital Metropolitano de Santa Rita seguirá como símbolo de um sistema que, em vez de salvar vidas, alimenta a corrupção.
Da Redação, Folha da Paraíba
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