O que é a felicidade
Já li e ouvi muito por aí que seria o estado de uma pessoa feliz, contente, satisfeita.
Mas com o que? Com o que tem? Com o que pensa? Ou com o que os outros pensam dela?
Abro minhas redes sociais todos os dias e está repleto de situações ambivalentes. Uns postam revolta com fatores determinantes à sua indignação. Outros tantos postam suas felicidades e geralmente acompanhadas de selfies em flagrante êxtase estético.
É nesse momento que me pergunto se tudo o que divulgam não seriam fakenews, já que o termo por mim apossado evidencia-se por si só na linguagem cotidiana do brasileiro.
Concluo com meus botões que a felicidade está à disposição em algum lugar, mas não em um tablet, computador ou smartphone. Quando o corpo sorri, mas a alma, no seu âmago, está carente de algo, então falta plenitude nessa, abre aspas, felicidade.
E olha que tem gente que é feliz até sem motivo. Não precisa de materialidade pra isso. Para despretensiosamente se deparar com ela basta se afastar do que nos faz regredir, pessoas e apegos. Felicidade é liberdade consciente.
Sorrir várias vezes ao dia está longe de ser parâmetro para medir tal estado de espírito. O termômetro perfeito para quem quer saber se é feliz é aquele momento inevitável em que o corpo pede descanso e o travesseiro nos convida ao recolhimento. Alguns, ou algumas, felizes infelizes simplesmente não conseguem relaxar nem alma e nem corpo. Culpa daquela ingrata e árdua tarefa de mostrar cotidianamente mais uma fakenews. É preciso mostrar a todo custo que se é feliz até em um prato de comida postado em uma duvidosa pretensão de tentar ostentar algo. Esse tipo de felicidade precisa de plateia, mas o travesseiro só necessita da consciência.