O VAZIO POR DENTRO
Depois de certa idade nossas células provavelmente já não trabalham em sua plenitude. A vida de cada um de nós é um leque abrangente de experiências materiais que podem nos trazer ensinamentos espirituais de acordo com o tempo de vida que nos foi permitido pelo Pai Celestial e isso vai depender do usufruto que fizermos dela. Mas…. voltemos à plenitude de nossas células.
É notório que nosso corpo em algum momento da vida vai entrar em declínio. Em linhas gerais, e cada pessoa tem um gráfico diferente como comparativo, o pico sexual ocorre por volta dos 20 anos, o auge da forma física aos 30, a intelectual aos 40 e a felicidade a partir dos 50. Mas isso não serve como parâmetro para os humanos, pois nossas células são completamente diferentes umas das outras. O fato é que a nossa matéria decai em proporção inversa ao nosso espírito, que é completo, em contrapartida ao corpo, que é temporário.
A espiritualidade é bem íntima da visão da vida material de cada um. Não com o que se tem, mas com o que se deseja ter. Em alguma fase da vida vários dos nossos irmãos na Terra passarão a enxergar muitas situações por um ângulo não palpável, seja através de leituras específicas ou situações vividas e esta é a primeira porta para despertar a curiosidade espiritual que cada um tem.
Se já trazemos características de outras vidas, também viemos com os valores que essa alma carrega. Os prazeres materiais apenas nos testam para o aperfeiçoamento da alma na esfera terrena que necessitamos para a próxima passagem. E sucumbir a esses deleites não seria um bom plantio para a colheita que esperamos. Os princípios que construímos ao longo da nossa existência, se alojadas no coração, jamais cederão a quaisquer desejos mundanos que porventura se apresentam a cada um de nós. Essas provações estão moldadas na medida exata das nossas necessidades evolutivas.
Pessoas que apenas se preocupam em ter bens ou dinheiro são vaidosas em si e não percebem que o corpo humano tem prazo de validade, o que não se aplica ao espírito e este se renova a cada existência terrena. A maturidade espiritual alcança patamares antes vistos como inatingíveis quando se deixa de anexar felicidade às coisas materiais. Quem necessita de muitas coisas por fora tem um vazio enorme por dentro.