O planeta está repleto de seres intelectualmente autossuficientes. Me deparo com alguns invariavelmente todos os dias. Convicto estou de que esta já seria obra da Providência Divina para pôr à prova minhas reações diante de tais situações.
Por já ter exercido várias atividades ao longo dessas pouco mais de cinco décadas de existência corpórea, posso mencionar que já presenciei mestre-de-obras enquadrar engenheiro, músico limitado em uma única técnica que vários exímios instrumentistas desconheciam, estudante de matemática desenvolver fórmulas que o próprio professor demonstrava dificuldade, além de diversas outras vicissitudes cotidianas.
Quero crer que a inteligência tem a ver com a curiosidade. Existem muito mais perguntas inteligentes, que nos surpreendem, do que respostas previsíveis. E diante de uma sociedade, principalmente no nosso país, em que é tendenciosa a manipulação das opiniões alheias, estou quase convicto de que o suprassumo das faculdades intelectuais de cada um de nós está simplesmente em nós próprios nos encontrarmos diante de tudo aquilo que nos sugerem ser. Ou até impõem.
Todos os dias temos algo a acrescentar e algo a subtrair de nossas virtudes cerebrais, pois, imperfeitos que somos, longe estamos de acertar em todas as nossas decisões. Sejam elas familiares, profissionais, afetivas, financeiras e etc. Nossos acertos até podemos aperfeiçoar, mas nossos equívocos…. Que sirvam de alicerce para futuras situações.
Mas o pior dos capítulos não é ser menos privilegiado em intelectualidade. Causa até compaixão aquele presunçoso que quer a todo custo se passar por PHD em seja lá qual for o assunto.
Nessas horas o silêncio é a maior das respostas.
