
A Polícia Civil da Paraíba revelou que o Comando Vermelho utilizava uma rede de laranjas e empresas fantasmas para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas no estado. A investigação identificou movimentações financeiras expressivas em nomes de terceiros, sem vínculo real com as atividades declaradas, configurando um esquema sofisticado de ocultação de recursos ilícitos.
De acordo com as autoridades, os criminosos criavam empreendimentos fictícios e utilizavam pessoas próximas, muitas vezes cooptadas sob ameaça ou atraídas por vantagens financeiras, para legitimar operações fraudulentas. Esse mecanismo permitia ao grupo inserir o dinheiro ilegal no sistema bancário, dificultando a identificação da origem e ampliando o alcance das atividades do crime organizado na Paraíba.
O caso expõe a fragilidade dos mecanismos de fiscalização financeira e a dificuldade em coibir a infiltração do crime organizado na economia formal. Enquanto o aparato repressivo concentra esforços em prisões pontuais, a estrutura financeira criminosa continua operando em paralelo. Para enfrentar o problema, é necessário ir além das ações policiais: é preciso fortalecer órgãos de controle, ampliar a integração entre instituições financeiras e Estado e criar mecanismos de prevenção que impeçam que o dinheiro sujo se disfarce de atividade legal.
Da Redação, Folha da Paraíba
Divulgação/Polícia Civil