Nossos erros
Nossos erros são inúmeras vezes provocados por nós mesmos. Sabemos das consequências. Sabemos isso até no mais absoluto estado de embriaguez e seja lá de que forma for. Sabemos da dor que haveremos de sofrer e que haveremos de causar.
Por quê as causamos ?
Que lucidez haveria de ter uma pessoa que conhece o erro e assim mesmo o pratica? Seria a mesma que faz aflorar a curiosidade das tais consequências?
As vezes nos deparamos com situações ou notícias em manchetes do tipo “Fulano mata cicrano” quando o dito fulano estava acima de qualquer suspeita. Era um sujeito pacífico. Pacato. Honesto. Caridoso. No que teria se transformado aquele ser justo naquele momento? Por um instante que fosse em sua vida ele se transporta e se transforma naquela alma poluída e desinteressada de qualquer forma de piedade até por si mesmo. Ele sabe as consequências que virão, sejam elas terrenas ou não. E mesmo assim…
É aí que reside a fé dos cristãos.
É muito mais difícil, em um corpo em que reside alguma forma de fé, que isto aconteça. Não que não ocorra. Já ocorreu. Mas a força superior, se bem plantada dentro de nós, aflora sempre, mesmo nas piores estações.
É curioso. A fé é um fruto em que nós mesmos preparamos o terreno, aramos, semeamos, colhemos e nos deliciamos com seu sabor. De nada adianta os mestres das religiões e seus sábios pronunciamentos se nós não prepararmos nossa mente e nosso corpo para receber suas palavras. Não é a toa que o mais sábio dos mestres nasceu humilde e permaneceu junto aos humildes.
A humildade é uma virtude que muitos se acham acima dela.
Muitos poderiam ter pensado, após esta leitura, que o revisor poderia nem ter visto este texto e que o escritor poderia ser um “desletrado”. O humilde nem pensou nisso. O seu objetivo era a mensagem. Se ele entendeu a mensagem já é o bastante. Não importa se o caminho percorrido por estas palavras passou pelas mãos de pessoas leigas. Importa a mensagem.