O PAPEL DE UM PAI
Existe o pai que admira os filhos e que é admirado por eles; e que os aplaude sem nem saber que, invisível aos seus olhos, é ele quem é aplaudido.
Há também o pai que auxilia na adversidade do filho e ainda tem aquele que é ele próprio a adversidade do filho, diante de tanta má influência que não faz questão de ocultar.
O pai ausente que não se esforça pra demonstrar afinidade com o filho. São geralmente ambiciosos, arrogantes e egoístas.
Aquele que aprende com o filho, principalmente se o assunto for tecnologia, e o que ensina ao filho, se o assunto for maturidade.
O pai alegre, divertido e engraçado torna-se aflito e angustiado com a demora do filho que foi pra uma balada, cuja ânsia se esvai com a chegada do mesmo. Em circunstâncias atípicas o sono não o poupa de ver o amanhecer do dia.
Pai que se decepciona, mas que não desiste da tarefa de impor ao filho os caminhos da boa conduta, conforme orientação divina.
Há pais imperfeitos, que entendem que dinheiro traz conforto material e junto com ele um sossego sem dignidade, esquecendo que essa felicidade aparente um dia vai apresentar uma fatura que riqueza nenhuma poderá quitar. Este tipo de genitor sabe o preço das coisas, nunca o valor.
Pior é aquele pai, e infelizmente ele existe em abundância, que dá adeus e abandona o filho, muitas vezes no próprio ventre materno, privando a criança de atenção, proteção e carinho.
O pai carente, que geralmente não teve um pai e se esforça em dobro pra ensinar aos filhos o que não foi ensinado a ele. Este faz da sua convivência com os filhos é um capítulo à parte na sua jornada terrestre.
Exemplo digno é o daquele pai que também erra e que busca na humildade uma forma de pedir perdão, sem saber naquele momento o quanto de sabedoria está transmitindo ao filho pelo resto da vida.
Não haveria um pai fofoqueiro se não existisse aquele que adora contar com orgulho aos familiares e amigos as proezas de seus pupilos, principalmente no tocante ao boletim de notas na escola, gerando expectativas geralmente benéficas no filho e nele próprio.
E por fim, dentre tantos outros tipos de pais que existem mundo afora, há o pai adotivo. Este aceita e abraça como se fossem seus os filhos que Deus enviou sem terem sido gerados por ele mesmo. Na grande maioria das vezes, não foram eles que adotaram as crianças. Foram elas que adotaram o pai.
Filhos, um pai é um super-herói com defeitos, mas extraiam deles o que de melhor vier. A vida os ensinará se não aprenderem com eles, mas infelizmente não será com o tanto de amor que um pai oferece ao filho.