
A aceitação da denúncia pelo Judiciário contra três suspeitos envolvidos em um esquema de falsificação de cédulas na Paraíba reforça um ponto essencial da democracia: a necessidade de vigilância permanente sobre os mecanismos que sustentam a credibilidade do sistema financeiro e da moeda nacional. O caso, investigado pela Polícia Federal, revelou a produção e circulação de notas falsas em diferentes municípios, com impacto direto sobre o comércio e prejuízo para a população, especialmente pequenos comerciantes e consumidores de baixa renda.
A decisão da Justiça em transformar os investigados em réus representa mais do que o avanço de um processo criminal. Ela sinaliza que o Estado está atento e disposto a reagir com firmeza a práticas que corroem a confiança na economia real. Falsificar dinheiro não é apenas um ato criminoso — é uma agressão à estabilidade monetária e um golpe contra o cidadão comum, que, sem instrumentos de verificação, é quem primeiro sofre as consequências. Cada cédula falsificada que entra em circulação é uma gota de desconfiança que se espalha pelo tecido social.
No entanto, o caso também expõe a necessidade de políticas mais eficazes de prevenção. A Paraíba, como outros estados, precisa investir em campanhas educativas e na cooperação entre forças policiais e o Banco Central para identificar rotas de falsificação e coibir a entrada dessas cédulas no comércio local. O combate à criminalidade financeira deve ser constante e técnico, sem depender apenas da punição. A Justiça deu o primeiro passo; agora, cabe ao poder público garantir que a confiança no dinheiro — e na lei — não seja falsificada junto com as notas.
Da Redação, Folha da Paraíba
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil




