Como simpatizante da natureza, sempre que me deparo com uma árvore frondosa de galhos exuberantes me emerge a idéia das familias de membros numerosos e ao qual me imputo nessa condição, afinal, minhas ramificações de origem Pontes, Mendes, Vitorino e Costa me alçam a um patamar de orgulho por fazer parte destes clãs.
E eis que me desperta através de outro clã, os Jardim, oriundo de terras fluminenses de onde tambem tenho raizes, a inspiração para fazer um relato sobre as árvores. Não no seu sentido físico, e sim na amplitude genealógica que uma criação divina desta pujança nos proporciona.
Uma árvore genealógica é representada por um poderoso tronco de onde partem suas primeiras ramificações e estes por sua vez ramificam-se novamente dando origem a novos seres iluminados aportando nessa familia.
Nas minhas numerosas origens familiares encontro-me exatamente no meio destes galhos secundários. Já são cinco gerações de primos e primas de todas as raças, religiões, pensamentos, profissões, esquisitices e cada um com suas preferências.
Me atenho agora na contribuição da familia Jardim que me levou a refletir sobre a possibilidade de uma das ramificações (ou galhos) se romperem.
Se isto ocorre pelo tempo é suposto que uma nova árvore tenha origem deste fato, visto que o ciclo da vida rompe galhos diuturnamente. É ordem divina que eles se rompam naturalmente para que novos ciclos se iniciem. Mas e se este rompimento vem por razões materiais normalmente originadas por inanição espiritual entre os membros da familia agora deteriorada?
Quando um galho destes se rompe é possivel que uma das causas seja o peso dos frutos a ele agregados. Esta causa provavelmente seja oriunda pelo excesso de peso em virtude das inumeras podridões espirituais existentes nessa ramificação. Quantas e quantas familias desestrutaradas vemos em nossa jornada terrestre? Filhos problemáticos, pais sem amor, irmãos desunidos. Em suma: o galho já vem podre desde a sua concepção e algum motivo há nisso. É justamente a estrada divina que aparece para seres que precisam passar por isso para a sua evolução.
Dentro de uma familia numerosa é bastante provável que galhos dessa natureza venham a se manifestar. É o ciclo divino intercorrendo nos ciclos terrestres e onde precisamos exercer o nosso livre-arbítrio da melhor forma possivel. Ou estes ciclos se repetirão até que esta dívida seja quitada.
Resumo da ópera: Para que troncos e galhos se solidifiquem é necessário que as raizes sejam robustas. Lembremos sempre que tudo começa com uma pequenina semente e que esta árvore nem sempre será bonita, mas seus frutos poderão ser. E se não forem ainda existirão as flores para nos ceder o seu perfume. Se nem flores houverem, a sombra da árvore existirá com suas folhas. E mesmo que a árvore não vngue a intenção da semente será a prova de que Deus nos põe sob situações que nada mais são do que caminhos divinos pra nosso aprendizado espiritual rumo ao eterno. Lá toda arvore é bastante frondosa, pois seu tronco é feito de luz e suas raizes são o Pai Celestial.
